#IB - Believe In Everything: 63º Parte

quarta-feira, setembro 19, 2012

- Sr. Rodrigues?

- Pode me chamar só de Luis, Justin.

- Claro, como o senhor quiser.

- Eu queria avisá-lo que acabei de chegar a Atlanta, se quiser vir aqui em casa para conversarmos...

- Tudo bem, eu chego aí em 10 minutos.

- Ok. Até daqui a pouco.

- Até.

Desliguei o telefone e me senti um tanto eufórico. Subi correndo para o meu quarto e tentei parecer o mais apresentável possível, afinal, isso valia o meu namoro com a Luísa. Olhei-me no espelho, ajeitando meu cabelo e escutei baterem na porta. Virei-me, olhando para a porta e vi minha mãe parada ao lado da porta.

- Aonde vai? – perguntou.

- Finalmente vou conversar com o Sr. Rodrigues, mãe. Estou ensaiando há uma semana.

Pattie riu de mim e me abraçou. Descarreguei toda a minha insegurança nesse abraço.

- Boa sorte, querido.

- Obrigado mãe.

Ela beijou o topo de minha cabeça e corri até a garagem, liguei o Fisker e fui em direção ao sobrado do Sr. Rodrigues.

Mode Justin off*

Já voltamos para São Paulo. Meu pai foi embora e foi um pouco triste deixá-lo ir, mas, não posso fazer nada. Depois daquele incidente no hotel, eu expliquei à minha mãe e ao meu pai o que estava sentindo, porém, não consegui contar ao Otávio. Disse a ele que tinha a ver com a separação dos meus pais e que precisava falar com eles. Eu sei que menti, mas a culpa não é minha.

Se eu dissesse a ele, seria o fim de uma amizade linda que tivemos. E eu não quero que acabe assim. Estava no meu quarto, fazendo lição de Matemática que ficou acumulada por ter faltado três dias de aula. Foi bom uma boa causa, mas, tenho mais tarefa do que gostaria. Ainda tenho de Português, História, Química e Artes. Ou seja, Luísa sem computador até terminar essas lições.

Estava um tanto dispersa na tarefa de Português, lia o texto, mas, meu pensamento estava em outro lugar. Sendo específica, no Justin e no meu pai. Vai saber o que eles podem estar fazendo agora.

Quem sabe falando de mim. Ou até nem podem estar se falando, mas, que isso me deixou intrigada, deixou.

Depois de ter dito tudo aos meus pais, os dois concordaram em que eu fizesse o que meu coração mandava e não o que os outros exigiam. Meu pai pediu desculpas por me “forçar” a terminar com o Justin, já que reconheceu que estávamos mais apaixonados que nunca. É claro que o perdoei, ele estava pensando no meu bem, assim como a Rafa – que também me pediu perdão -, que só queria que eu fosse feliz.

O meu “ser feliz” era com o Justin, imponente de qualquer circunstância besta. Já conseguia me sentir melhor em relação a isso, mesmo sabendo que não posso estar com ele agora.

Continuei a ler o texto, agora prestando atenção nas palavras, quando escutei meu celular tocando. Olhei para a mesa e o peguei, vendo a ligação do meu pai e atendi.

- Pai?

- Filha! Que bom que atendeu! Tenho uma notícia a te dar.

- Notícia? De que?

- Quando serão as suas férias?

- Daqui uns meses... por quê?

- Você vai passar suas férias comigo e com seu namorado.

- Com o Otávio?

- Não querida, com o Justin!

Fiquei espantada com a resposta dele.

- Mas pai, eu não...

- Lulu! Minha princesa! – a voz do dono do meu coração. Sorri serena e mordi meus lábios, imaginando o sorriso dele.

- Ah, o Justin quer falar com você, depois te ligo, tudo bem?

- É claro. – assenti, com um sorriso de orelha a orelha.

- Oi meu amor! Estava com saudades!

- Também estava, Justin.

Senti as lágrimas caindo quando ele me chamou de amor. Nem o Otávio me chama de amor. Ajeitei-me na cama e deitei de bruços, cruzei as pernas e olhava para um porta retrato que coloquei quando ele estava aqui, com uma foto de nós dois. Aquela mesma foto que já ficou no papel de parede do iPhone dele. Sorri, ouvindo a voz dele novamente, que me encantava tanto.

- Acredita que seu pai deixou nós namorarmos outra vez? Estou morrendo de felicidade!

Ri dele e sequei meu rosto. – Então era isso que você queria falar pra ele, não era?

- Como você sabia?

- Eu ouvi a conversa de vocês dois.

- Mas você não estava tomando banho?

- Você que pensa. Eu sou uma ninja, Biebs.

Justin gargalhou do outro lado da linha, me fazendo rir também. Que saudade da risada dele!

- Eu queria pedir a sua mão pra ele, sem você saber. Até minha mãe incentivou isso.

- Mas, e a Selena? Como ela ficou?

- Nós conversamos. Ela disse que queria me ver feliz, mesmo que fosse com outra.

- Que fofa! E pensar que eu morria de ciúmes dela.

- E ela de você.

- É... – soltei uma risadinha e Justin riu de mim em seguida – Mas, como o convenceu? Deve ter inventado mil e uma coisas!

- Pior que não! Ele me disse que você me amava muito e que queria ver você sorrindo.

- Awn, amo meu pai.

- E eu? – o imaginei fazendo aquele biquinho lindo e ri dele.

- Você? Você está na lista dos homens que eu mais amo!

- E eu estou em que lugar?

- Em segundo.

- E por que não estou em primeiro? – ele fez uma voz de coitado que me fez rir.

- Porque o meu pai está tomando esse lugar, Biebs. Pai é pai!

- Ah sim. Desculpa Lulu. – outra vez aquela voz de coitadinho.

- Tá desculpado. E como andam as coisas?

- Boas. Tenho um show para fazer em NY daqui a meia hora.

- E o seu CD? Quando vai lançá-lo?

- Em julho. Mas não sei o dia certo.

- Vai demorar muito, Biebs!

Ele riu de mim e mordi meus lábios. De fato, iria demorar mesmo.

- Eu sei Lulu, mas é por marketing. Culpe o Scooter, não a mim!

- Eu mato o Scooter.

Biebs riu novamente e ele disse que teria que desligar, já que estava com o celular do meu pai. Desejei um bom show e uma boa viagem e depois de desligar, parecia uma boba. Sorria tanto, me sentia nas nuvens.

E me lembrei do Otávio. E me senti um lixo depois. O que vou fazer para contar a ele? Que droga, não quero magoá-lo.

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Hey Geliebers!

Não acredito que o plano do Biebs deu certo. E agora? Como eles dois vão lidar com a distância? E o Otávio? Como fica nessa história toda? No próximo capítulo! ;*

Gostaram? Comentem!

E para um fim de post, morram seduzidas com esse Swaggie Nerd.