Horas depois.
Sentada na poltrona branca de camurça, estava lendo um livro que havia comprado na livraria no caminho de volta para o hotel. Ele é o primeiro livro da saga Rangers – Ordem dos arqueiros (Ranger's Apprentice), As RuÃnas de Gorlan. Meu pai já me falou desse livro, e que ele era muito bom. Bem, eu passei na livraria com Justin e comprei-o. Pelo o que eu já li, o livro é super legal.
- (Seu nome), você nem pisca!
Abaixei o livro e olhei curiosa para Justin – O que foi?
- Podia sentar direito na cadeira?
- Mas eu estou direito!
Ele riu de mim e sentou na cama – Você deitada de cabeça para baixo, com as pernas para cima e com o cabelo encostando-se ao chão é direito, então nem quero ver o errado!
- Seu bobo, eu leio melhor em posições... Exóticas! – ri de mim mesma e me endireitei na poltrona, deitando com a cabeça e as pernas nos encostos para os braços. Voltei a ler meu livro e lembrar como o Will escalava bem as paredes Ãngremes do castelo de Redmont, Justin me interrompeu novamente.
- Vai me dizer que esse é o certo?
Revirei os olhos e o olhei irritada - Dá pra parar de agir como se fosse meu pai? Eu deito do jeito que eu quiser, não importa se eu vou ficar com problema na coluna ou não.
Voltei a ler e, minutos depois, vi a porta se fechar e Justin não estava mais no quarto. Ah, a culpa não é minha se ele quer agir como se fosse meu pai! Voltei a minha posição exótica e para a minha leitura cheia de aventura e mistérios.
Mode Justin on*
Não acredito que ela foi grossa daquele jeito comigo. Eu só queria ajudar e ela me respondeu com uma patada. Calma Justin, ela é assim mesmo – pensei. Minha mãe conversava com Scooter e sentei na minha cama apoiando minha cabeça com meus braços, fazendo um travesseiro. Vi Kenny entrar no quarto e sentar na cama do meu lado.
- O que foi JB? Você não está com uma cara muito boa.
- Ah... É a marrenta da (Seu nome) me dando patadas de novo. Mesmo ela tendo ficado mais doce e gentil, parece que rebelde é sempre rebelde.
- É a personalidade dela Justin. Ninguém consegue mudar a personalidade de alguém. Ainda mais a da (Seu nome).
- Concordo.
- Então dá um sorriso e larga de ficar triste por causa dela. Vocês não são mais namorados para ficarem... Pensando um no outro a casa segundo.
- Você sabe que eu ainda amo ela de paixão Kenny, não sei por que pede isso – ri dele e sentei sobre a cama – Olha Kenny, até parece que eu voltei a ser namorado dela!
- Ah Justin, só nos seus sonhos! Do jeito que ela te trata, ela nem deve mais gostar de você.
- Só você pensa isso.
Sorri convencido e minha mãe entrou no quarto sorrindo.
- Meu filho, o Scooter mandou-me te falar que amanhã mesmo nós vamos para NY.
- Sério? Mas, tão rápido assim?
- Sim, meu filho! Temos que aproveitar a onda de sucesso, certo? – minha mãe piscou para mim e sorri para ela.
- Certo! ... Então, vou ter que avisar (Seu nome)?
- Depois, quando estiver tudo conversado e combinado, você a avisa.
- Ok mãe!
Sorri animado e deitei na cama novamente, pensando em como seria o clipe.
(...)
- Avril começa a ser filmada na pista de skate junto com os ‘súditos’ da (Seu nome), se é que me entende e canta quando descer do skate. Nisso, Justin e (Seu nome) aparecem e começam a cantar... Usher, sinceramente, não consigo ter nenhuma idéia decente.
Usher riu e deu uma série de tapinhas no ombro de Scooter. – É assim mesmo e você sabe disso.
- Posso dar uma idéia? – perguntei entusiasmado.
- Claro Justin, vá em frente.
- Hm... – pensei em algo convincente – Antes que eu fale qualquer coisa, quem vai ser esse garoto que deixou a (Seu nome) para eu entrar no caminho? Que pessoa poderia ocupar o lugar dele?
Eles riram e me olharam pensativos. Não tÃnhamos pensado nisso antes.
- Verdade Justin, nós vamos convidar alguém para fazer uma participação especial no clipe. Idéias?
Esqueci-me de comentar, mas todos nós estávamos reunidos na Island Records® decidindo e discutindo sobre o clipe. Infelizmente, a minha marrentinha não pôde vir com a gente, mas me falou sobre o que ela queria que tivesse: Seus amigos que a chamavam de chefinha da pista. E, nisso, eu já falei com Scooter e eles vão participar do clipe.
- Cody?
- Pattinson?
- Greyson?
- Timberlake?
- Bruno Mars?
Todos se olhavam cheios de dúvidas enquanto se perguntavam em alguém que
poderia fazer parte disso tudo.
- Gente, que tal o Zayn, do One Direction? A (Seu nome) já tinha certa intimidade com ele, são amigos há um tempinho, e ele seria perfeito! – declarou Scooter, um tanto animado com sua idéia.
Todos concordaram entre si, menos eu. Eu o odiava, e ainda odeio. Foi ele que me roubou a minha pequena quando houve todo aquele mal entendido.
- Justin? – Perguntou Scooter.
O olhei emburrado e neguei de braços cruzados. – Eu não gosto nadinha dele, Scott.
- E eu sei muito bem por que. Pare com essa briga entre vocês! A (Seu nome) está solteirÃssima e pode escolher quem ela quiser, ou não.
Aquilo me doeu o coração. Ela é minha namorada e não está solteira coisa nenhuma.
Olhei para Scooter enfezado e ele riu de mim. – Vai ser ele e pronto. Tenho certeza que ela vai aceitar ele, com certeza.
Revirei os olhos e me levantei, saindo da sala. Sinceramente, não queria ficar ali.
Mode Justin off*
Depois de horas lendo meu livro extraordinário, acabei tendo que ir resolver umas coisas sobre meu pai ao invés de ir resolver as filmagens do clipe. Era uma conta que eu não tinha pagado no banco de Atlanta, sei lá, mas eu tive que ir lá resolver isso.
Chegando ao banco, tudo estava vazio, bem, banco não é lugar de estar vazio... Eu acho. Fui até um balcão de informações e deixei meus ombros caÃrem ao olhar a moça loira de meia idade olhando as fofocas no Facebook ao invés de me dar atenção. Pigarreei e ela me olhou desinteressada.
- Vocês me ligaram para saber de uma conta que meu pai não tinha pagado.
- Sim, seu pai é Marcus (Seu sobrenome)?
- Marcus?
- É, Marcus!
- Mas, meu pai se chama Marcos, e não Marcus.
- Ah, então acho que houve um engano.
- Hmm, entendo. Então, não é meu pai?
- Não senhora.
- Ótimo.
Saà do banco sem entender nada. Peguei um táxi e voltei para o hotel.
(...)
- Vai Will! Salva eles! Mata o Kalkara!
Lá estava eu, falando sozinha e lendo deitada na cama com meus cotovelos apoiados na cama, com minhas mãos sustentando minha cabeça. Estava deitada de bruços e com os pés cruzados. Ri de mim e virei a página, ficando cada vez mais vidrada no livro. Escutei batidas na porta e mandei entrar. Olhei curiosa para a porta e vi Charlie com um buque de rosas em uma das mãos e sorrindo. Chamei-o com os dedos e marquei o livro na página em que parei, fechando o livro e sentando na cama.
- Você, aqui em Atlanta?
- Vou aonde você for. São para você – ele me entregou o buque e sorriu, devolvi o sorriso e peguei as rosas, cheirando-as.
- Que perfume... Porque sempre me traz rosas? Isso chega a ser repetitivo!
Ele riu e sentou na cama ao meu lado. Coloquei as rosas atrás de mim e vi-o fitando meu livro.
- Rangens – Ordem dos arqueiros?
- É... Meu pai já tinha me falado desse livro há tempos, e só agora decidi comprar e ler.
- E já está nessa página? 169? Quando começou a ler?
- Hoje!
- OMG. Você é louca.
Ri dele e cruzei as pernas. Ele me olhou sorridente e suspirou.
- Estranho o seu amiguinho não ter te procurado, ainda.
Revirei os olhos e empurrei seu ombro – Até parece né Charlie! Ele está em um tipo de reunião da gravadora em que eu também deveria estar.
- Sobre?
- Quer mesmo saber?
- Claro!
- Sabe a música Skater Girl?
- Sei, e o que tem a música?
- Vai ter o clipe dela.
Ele me olhou surpreso e me abraçou – Que legal, (Seu nome)! Você deve estar muito feliz com isso.
Sorri e ele sorriu de volta. Me solto de seus braços e, nesse exato momento, olho para a porta e vejo Justin me fitando com desgosto e surpresa. Charlie, notando o clima pesado, saiu do quarto e deixou-nos sozinhos. Justin me olhou interrogativo e mordi os lábios tensamente.
- No banco, não é?
- Antes de você vir para cima de mim com paus e pedras, posso me explicar?
Ele revirou os olhos, exausto e sentou ao meu lado, me mandando continuar com gestos.
- No banco, houve um engano. Na verdade, uma confusão. Era Marcus o nome do homem que estava devendo e não o meu pai. Depois de horas que eu já tinha chegado aqui no hotel, Charlie chegou com aquele buque nas mãos - apontei para o buque que estava atrás de mim sobre a cama e continuei – e sorrindo de orelha a orelha. Como você queria que eu recusasse que o meu amigo entrasse no quarto por puro ciúme seu?
- Isso que me deixa enciumado. Esse agressor que você chama de “amigo”, só quer se aproveitar de você!
- E você é quem para discutir com quem eu ando ou deixei de andar?
- Seu namorado!
O olhei inconformada e tampei sua boca com minhas mãos. – Shh! Se Charlie te escutar, estaremos fritos! Justin, eu já te disse isso, temos que agir como se fossemos só amigos!
- E eu já te disse que não consigo! Toda vez que te vejo bravinha desse jeito, é como se teus lábios me chamassem. – Ele suspirou e vi seus ombros caÃrem quando ele respirou fundo – Sinceramente, não vejo à hora de você parar de tratar desse jeito.
Sorri e encostei minha cabeça em seu ombro direito e respirei fundo. De certa forma, Justin estava certo. Eu também não via à hora de tratar ele como meu namorado de verdade. Senti sua mão direita se entrelaçar na minha e sorri em seguida. Olhei para ele e Justin devolvia o sorriso.
- Espera. – parei por um segundo e levantei da cama, soltando minha mão da dele.
Fiz um sinal para que Justin fizesse silêncio e abri a porta bruscamente, fazendo Charlie cair de cara no chão e o admirei com descaso.
- Charlie McDonnell, o que você ouviu?
Ele me olhou envergonhado e sentou no chão olhando furioso para Justin.
- Sabia que você estava namorando com esse... Pivete.
- Ah, agora ele vai querer se intrometer na nossa vida amorosa, (Seu nome).
- Parem vocês dois, ok? Charlie, como você ouviu de enxerido, Justin é meu... você sabe o que, e Justin, Charlie é meu melhor amigo, então, vocês vão ter que parar de brigar e se aceitar como amigos.
- Nunca iria ser amigo de um ruivo descarado como ele.
- E eu nunca vou ser amigo de um loiro metido a boneca.
- Hey! Não se atreva! – Disse Justin, levantando e arregaçando as mangas da camiseta xadrez.
- Parem com isso! – gritei em alto e bom tom – Se vocês não se tornarem amigos, pode ter certeza que eu não vou fazer nenhum clipe e não vou nem ver essa cabecinha ruiva de novo.
Eles me olharam com os olhos arregalados e com medo. Os dois se ajoelharam no chão e pediram por piedade. Sorri maldosamente e mordi os lábios.
- Vão ser amigos?
Charlie e Justin se olharam dando uma trégua e concordaram de cabeça baixa. Sorri vitoriosa e fiz eles darem as mãos.
- Ótimo – sorri vitoriosa novamente e sentei na cama – Vocês podem dar licença do quarto? Tenho muitas páginas para ler ainda e com vocês aqui é impossÃvel.
Eles reviraram os olhos e saÃram juntos. Ri da minha façanha e deitei de bruços na cama, já abrindo o livro.
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Heey Girls *-*
É, deu certo de postar hoje! Mas, infelizmente, esse fim de semana não vai dar mesmo. Bem, fiz um grande em compensação a esses dois dias! Espero que gostem (:
Será que essa amizade irá durar por muito tempo? O Zayn vai ser o escolhido? E o clipe, como vai ser? Só no próximo capÃtulo! ;*
Gostaram? Me avisem!
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Giih <3