#IB - Believe In Everything: 66º Parte

segunda-feira, outubro 01, 2012

- Por que a Débora está aqui? Você não disse que queria conversar comigo?

“Super indireta”, pensei “Quero dizer, direta mesmo.”

- Na verdade...

- Eu que queria conversar com você. – interrompeu Débora, que lançou um sorriso para ele logo em seguida – Pode nos dar licença, Lipinho?

- Claro, docinho.

Pedro saiu do quarto e fechou a porta. Sinceramente, eu estava com nojo do namoro deles.

- Vamos do começo – disse ela, fazendo uma cara tão falsa que me deu vontade de vomitar -, desde quando o Lipinho...

- Não chama ele assim, por favor. – disse, a cortando – Dá pra perceber a falsidade na sua voz.

A garota revirou os olhos e levantou da cama, andando de um lado para o outro.

- Quando eu entrei pela primeira vez na casa de vocês, eu percebi que havia alguma coisa com você e com o Bieber. Vocês passavam muito tempo juntos para ser s[o algo profissional. E agora eu descobri tudo.

- Descobriu o que, Débora? – disse, entediada.

Eu sabia que isso poderia acabar com o meu futuro namoro e a minha imagem na mídia ser de vadia, mas, eu também tenho uma carta na manga.

- Você tem um caso com ele, não tem?
- Eu? – disse, em tom de deboche – Quem sou eu para ter um caso com Justin Bieber? Você bebeu?

Débora começou a rir, ironizando a situação. A minha vontade era de pegar ela pelos cabelos e... prefiro não falar.

- Se imagine sendo vaiada por onde passa, as selenators falando mal de você e sua carreira indo para o lixo. É isso que vai acontecer com você.
- Ah, é porque você não sabe o que vai acontecer com você, querida.
- O que eu tenho a ver...
- Você tem um caso com o Rafael, não é? – a interrompi, sorrindo vitoriosa.

O olhar dela foi de orgulhoso para angustiado. A cartada funcionou direitinho.

- Como você sabe? – a voz dela vacilava, sentia o medo que ela transmitia.
- Ele era namorado da minha melhor amiga, sabia? E você ainda tem a maior cara de pau de chamar o meu irmão de Lipinho? – senti meu sangue ferver.
- Não foi...
- O que você tem na cabeça? Merda? Sério, se você machucar o coração do meu irmão, você morre, tá?

Débora engoliu em seco e sentou na cama, me pedindo piedade com o olhar. Cruzei os braços, a olhando séria.

- De agora em diante – disse, olhando minhas unhas – quem manda nas suas atitudes sou eu, ok? Quero ver você tratando meu irmão como se ele fosse tudo para você. Caso contrário, o Pedro vai ficar sabendo do...
- Tá bom! – disse ela, se ajoelhando aos meus pés – Eu vou te obedecer, mas não conta para o Felipe.
Sorri diabólica, me sentindo ótima. – Tudo bem, agora sai do meu pé e sorri, fingindo que não aconteceu nada.

Ela assentiu, voltando para a cama. Abri a porta e saí do quarto, vendo Pedro no corredor, que veio até mim correndo.

- O que ela queria? – perguntou ele, inocente.
- Coisa de menina, amor. – afaguei seus cabelos e entrei no quarto, fechando a porta.

Respirei fundo, me deixei cair sentada no chão, encostada à porta. Foi por pouco. Se eu não soubesse o que ela fez com o meu irmão, talvez eu tivesse que desistir de namorar o Justin.

Liguei para Rafa explicando o ocorrido, que disse que viria aqui em alguns minutos. Enquanto ela não chegava, fui tentar me acalmar. Peguei meu violão, que há séculos não pegava, e fui tocar um pouco. Precisava sossegar as idéias.

Cantei The Only Exception entre lágrimas, me lembrando do desentendimento que tive com Otávio horas atrás. Não sei como será daqui em diante ou o que ele pensa sobre isso. No momento, eu e Justin só somos amigos. Porém, eu quero mais que só uma amizade, ainda mais que ele está solteiro.

Mas não posso magoar o Otávio.

Essa dúvida maldita me martelava enquanto cantava. Virei em direção à porta e vi Pedro, me olhando com seus olhos marejados. Parei de cantar e ele veio até mim e me abraçou.

- Queria poder te ajudar – sussurrou ele, acariciando meu rosto.

Isso me deixou mais emocionada ainda. Senti as lágrimas caírem descontroladamente e ele sorriu, as secando em seguida.

- Desculpa perguntar – disse Pedro, sentando do meu lado – mas, você gosta de quem, Lú?
- Eu gosto muito do Otávio, ele foi um amor de infância, sabe? Ele nem ligava pra mim antes, mas, de uns tempos para cá, parece que ele realmente mostrou o que sentia para mim.
- Então, por que você chora por causa dele?
- Porque eu também amo o Justin, muito.

Suspirei, tentando conter as lágrimas que caiam em meu rosto.

- Seria covardia dizer que não tive nada com o Justin. Foram incríveis os dias que ele ficou aqui, além dos que fomos passar o aniversário dele em Atlanta. Eu queria tanto poder largar tudo e ficar com ele, mas, eu tenho o Otávio e...
- Posso ser sincero? – ele me interrompeu e o olhei, secando meu rosto.
- Pode! – respondi, me ajeitando de forma que ficasse na frente dele.
- Eu acho que você deveria ficar com o Justin.
Olhei para ele, sorrindo. – Porque você acha isso?
- Pelo o que você me contou – ele fez uma pausa e colocou o dedo polegar em seu queixo, pensativo -, o Otávio só demonstrou te amar na época do QST, não é?
- É sim, mas, o que isso tem a ver?
- E se ele só estiver interessado no seu sucesso?
- Acho que ele não faria isso.
- Ele pode até te amar, mas, tem chances de ele estar interessado sim. – Pedro me olhou nos olhos e mordeu os lábios, ainda pensativo – Também tem a hipótese dele perceber que a fila andou demais e correu atrás do troféu.
- Hã? – perguntei, rindo.

Pedro começou a rir também, me deixando mais alegre.

- Eu quis dizer que ele pode ter percebido que você não estava mais interessada nele quando foi atrás do Justin. E ele ficou com aquele sentimento de competição, tipo, “só eu posso ficar com ela”, entende? E quando ele viu que estava perdendo para o Bieber, foi atrás de você!

O olhei com clareza e enrolei as pontas de meus cabelos nos meus dedos.

- É mesmo. Como não tinha pensado nisso antes? – olhei Pedro, decidida – E era tão obvio! – disse eu, dando um tapa em minha testa.

Pedro riu de mim e me abraçou, sorrindo.

- Espero ter ajudado.
- Awn! – exclamei, apertando as bochechas dele – É claro que você ajudou! Tanto que abriu meus olhos, maninho!
- Ai! Minhas bochechas não precisam pagar esse preço! – disse ele, as apertando.

Rimos juntos e escutei os gritos de Rafa vindos da escada. Ela segurava um monte de malas, como se fosse passar uma semana aqui em casa.

- Minha mãe me deixou dormir com você esse fim de semana! – ela olhou confusa para Pedro – Por que você está com o rosto vermelho, Pedro?

Rimos dela e Rafa deixou suas coisas no meu quarto. Pedro foi atrás de Débora, que provavelmente já deve estar indo embora – para a minha alegria. Rafa e eu passamos a noite conversando sobre alguns “planos” que poderíamos fazer com a Débora; e sobre o meu possível reencontro amoroso com o Justin, já que Pedro literalmente abriu meus olhos.

Talvez o Otávio só estivesse comigo por não querer que ele perdesse para um “playba”, como ele mesmo chama o Justin. Esse machismo de hoje me dá nojo. Mal posso esperar pelas minhas férias, e pelo meu aniversário, que também será nas férias.

Seria muito louco ter o Justin como meu namorado em forma de presente para o meu aniversário.

E acabei adormecendo com essas idéias loucas. Quem sabe não tão loucas, que possa mesmo se realizar. Como o Justin mesmo diz, Never Say Never!

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Hey Geliebers!

Queria me desculpar por não ter postado sexta, foi tudo muito corrido. E, eu estou criando um mangá junto com a Heloisa, aquela amiga minha que eu disse que gosta de animes. E eu que estou fazendo a história, ou seja, mais trabalho para a Gih :/ Porém, está ficando muito fofo, sério! Se surgir oportunidade, eu talvez até mostre para vocês. *-*

Quem foi no show da Demi? Me contem como foi! Ain, queria ter ido! Mas, eu sou pobre, gente ):

A máscara do Otávio caiu! E a da Débora também! E agora? O que a Lú vai fazer em relação a eles dois? Como serão essas tão esperadas férias? No próximo capítulo! ;*

Indicações:

http://fuckmejustin.blogspot.com.br/

Gostaram? Comentem!

E para um fim de post, em homenagem ao espetacular show da Demi aqui no Brasil, uma foto dela arrasando no show.