#IB - Believe In Everything: 23º Parte

segunda-feira, abril 30, 2012

Acordei com o sol batendo em meu rosto e esfreguei minhas mãos em meus olhos, tentado acordar. Espreguicei e olhei no despertador da Lulu, já eram 10hs. Vesti uma roupa qualquer e desci para a cozinha. “A dona Sarah deve estar precisando de ajuda na cozinha”, pensei, já descendo às escadas.
Cheguei lá e a vi mexendo nas panelas e com um avental azul e branco. Dava para sentir o cheiro lá da escada, e isso estava me deixando morto de fome.

- Bom dia, querido.
- Bom dia, dona Sarah.

Sentei em uma cadeira e fiquei fitando ela cozinhar.

- Olha, o cheiro tá uma delícia.
Sarah riu e virou-se para mim – Macarrão ao molho branco. Está tão cheiroso assim?
- Está, e demais. Os outros já acordaram?
- O Alfredo saiu com o Kenny para encontrar com o Scooter em algum lugar.
- Ah, deve ser com o pessoal da gravadora.
- É, acho que foi isso mesmo que eles disseram.
- Bom saber. É... e a Luísa?

Eu resisti em perguntar, mas, a vontade foi maior que eu.

- Eu liguei para ela tem alguns minutinhos, Justin. Ela disse que só iria terminar de arrumar a bagunça das garotas com a Manuela e já estava vindo.
- Legal. Ela se divertiu?
- Ela disse que sim e que não, mas não me disse nada.
- Hm... então tá.

Um silêncio praticamente chato tomou conta do aposento e cruzei meus braços. Sarah voltou sua atenção às panelas e fiquei pensando no que foi esse “não” na resposta da Luísa. “Será que o Otávio maltratou ela?”, pensei “Ah, se ele fez isso, eu juro que mato aquele bad boy”.

- Quer provar um pouquinho, querido?

Voltei a olhar para a dona Sarah e assenti. Ela trouxe uma colher com um pouco de molho e me deu para provar. Sinceramente, estava muito bom – e quente.

- Está uma delícia Sarah! Acho que eu comeria o macarrão sozinho!

Dona Sarah riu e aumentou o fogo do macarrão.

- Que bom que gostou.

Mordisquei uma de minhas unhas e voltei a pensar na Luísa. Faltavam só dois dias para eu voltar aos Estados Unidos e iniciar o meu novo CD, Believe. Antes de eu ir, eu já estava escrevendo um pouco da música, mas ainda falta o final e eu já tenho em mente como fazê-lo. Sorri ao pensar isso e cruzei meus braços novamente.

- Justin?
Olhei para ela e tentei voltar à realidade. - Sim, dona Sarah?
- Você sabe o que a minha filha quer fazer com o dinheiro do concurso? Ela não me fala sobre essas coisas.
Sorri meio envergonhado e assenti – Ah, ela sempre fala desse carro que o pai dela quis dar pra ela, sabe? E, com esse dinheiro do concurso, acho que ela vai comprá-lo.
- Mas aqui no Brasil ela não tem idade o suficiente pra isso.
- Ela vai fazer 16 anos, não é?
- Isso mesmo, 16.
- Então, nos Estados Unidos ela terá.
- Mas ela voltou a morar comigo, querido.
- E se o pai dela comprar o carro e deixá-lo lá até ela ter idade de dirigir?
- É verdade. Mas, eu queria tanto ter feito uma festa pra ela, sabe? Mas, ela é tão chata que nem gosta de festas.
Ri do que ela disse e cocei meu queixo – Deixa a Luísa fazer o que quer, não é? Não vai adiantar gastar muito em uma coisa que a ela não quer.
- É mesmo Justin. Querido, você pode por a mesa para mim, por favor?
- Claro.

Fui arrumando a mesa e de repente, sinto alguém beijar meu pescoço. Meus olhos rolaram e deixei os pratos em cima da mesa. Me virei e vi Luísa rindo de mim. Sorri de volta e a abracei.

- Como foi ontem, Lulu? – perguntei, beijando sua bochecha.
- Foi bom. Quer ajuda com a mesa?
- Eu aceito sim.

Rimos e ela foi pegar os talheres enquanto eu espalhava os pratos pela mesa. Mordisquei meu lábio inferior pensando se ela só tinha dito que foi bom para não preocupar a mãe ou algo parecido. Terminamos e dona Sarah deixou nós subirmos um pouco para por o papo em dia até o macarrão ferver.

Subimos juntos e ela deixou suas coisas em cima da cadeira azul. Luísa já foi retirando tudo de dentro da mala e ia escutando o que eu falava pra ela do que tinha acontecido comigo na noite passada. Enquanto eu falava, ficava reparando em cada detalhe de seu corpo.

Luísa vestia um minisshort branco e uma blusa xadrez vermelha e preta. A roupa emoldurava seu corpo cheio de curvas e sorri ao fitá-la. Seu cabelo castanho liso estava solto e brilhoso como sempre. O sorriso, inexplicavelmente lindo. “Como ela consegue ser tão linda?”, disse para mim mesmo.

- As fãs te atacaram?
- Atacaram. Mas eu corri para o banheiro e, eu fui atender a Selena.
- A Selena? O que vocês conversaram?
- Eu disse para ela que estava no Brasil e...
- Ela deve ter dado um chilique, com certeza.
- Sim, ela deu um chilique.

Rimos e Luísa fechou o guarda roupa, voltando para a cama e sentou na minha frente.

- E depois? – perguntou ela, com um lindo sorriso no rosto.
Sorri de volta e cruzei meus braços. – Eu disse que iria conversar com ela depois, mas nem liguei de volta.
- Você tem que ligar Justin! Liga, vai!
- Só se você me contar o que aconteceu com você ontem à noite.
- É claro que eu conto.

Um sorriso sincero alargou em seu rosto e Luísa levantou da cama outra vez, guardando mais coisas.

- Nós comemos cookies, brincamos de o jogo da verdade, e dormimos. Não foi nada demais.

A olhei desconfiado e mordi meus lábios. “E a parte ruim?”, pensei.

- Sua mãe me disse que você não gostou muito de ter ido.
- Ah, as meninas só falavam de sexo e mais sexo. Eu fiquei excluída no meio delas. Eram todas mais velhas que eu, sabe? Elas tinham 19, 20 anos.
- Nada mais?
- Nada.

Naquele momento, ela estava virada de frente para mim e olhei nos olhos verde-acinzentados dela. Parecia esconder algo de mim, sei lá. Ela estava com uma marca roxa no pescoço e, não posso duvidar do que deve ter acontecido ontem à noite. Respirei fundo e fechei os olhos.

- E esse chupão no seu pescoço?
- Onde?

Luísa pareceu desesperada ao procurar o chupão. Viu só? Mentira tem perna curta.

- Vai dizer que foi só isso, agora?
- Não é o que você está pensando Justin, eu posso explicar.
- Então explica Luísa.

Ela parecia estar com medo de me contar. Lulu mordeu seus lábios e sentou do meu lado, apertando uma das minhas mãos.

- As meninas deram a ideia de irmos jogar ‘sete minutos no céu’ e, os meninos estavam brincando também.
- Vai me dizer que você transou com o Otávio.
- Não, não foi nada disso. Sim, a garrafa fez o meu par ser o Otávio, mas, a gente não transou. Eu seria louca se fizesse isso. Eu não me sinto pronta, sabe? E também muito nova.
Ri dela e a abracei – Mas, pelo jeito você o beijou demais, não é?
- Ele que me beijou. E ele queria ir para a próxima etapa, mas, eu não deixei e nós ficamos conversando até dar os sete minutos.
- Que menina inocente.

Lulu empurrou meu ombro e ri dela. “Ela só parece ser inocente.”, pensei “Só parece!”.

- Você que é um safado, Biebs.
- Eu sou mesmo e admito. Só de ver você com esse short, eu quase voei em você, se quer saber.

Luísa me olhou surpresa e riu depois.

– Nem um pouco safado!

Pisquei para ela e beijei sua bochecha. Ouvimos alguém bater na porta e a mãe de Luísa apareceu sorrindo.

– E ai, vamos comer o macarrão, garotos?
- Opa, é pra já!

Luísa riu de mim e fomos comer o delicioso macarrão da dona Sarah.
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Hey Geliebers *-* 

Como vai ser a conversa do Justin com a Selena? No próximo capítulo! ;* 

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Gih 

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