#IB - Believe in Everything: 13º Parte

domingo, março 11, 2012

Mode Justin on*

- Se acalme, por favor, não consigo te ver assim.

- Não dá Biebs – ela respondeu alguns minutos depois, parando com os soluços –, eu não consigo parar de chorar.

- Nem se eu te der um b...

- Não, nem se você me beijar. Vai piorar, isso sim.

- Se eu soubesse do que você está falando, eu tentaria te ajudar.

- Você não vai me entender, esse é o problema.

- Posso pelo menos tentar?

Luísa revirou os olhos e assentiu. Enxugou seus olhos verdes acinzentados e me puxou pelo braço – Então, vem comigo.

Ela me puxou até a escada e fomos juntos ao seu quarto. Lulu sentou na cama e sentei ao lado dela deitando seu corpo sobre o meu, encaixando-a perfeitamente sobre meu peitoral e fiquei enrolando as pontas de meus dedos em seus cabelos sedosos.

- Então... – disse ela, mordendo os lábios.

- Então...

Rimos juntos e ela sentou na minha frente.

- Biebs, é que, alguns minutos atrás, o Otávio se declarou pra mim, até me chamou de amor e me beijou. Depois, você vem e me fala que é apaixonado por mim. Quer que eu morra confusa?

- Então, sou eu. – admiti, olhando cabisbaixo para ela.

- Não é você, não é ele, sou eu.

- Não seja ingênua. Se não fosse por mim, por eu ter aparecido assim de repente na sua vida, não atrapalharia a sua vida com ele.

- Justin, para de se culpar, tá? Eu que sou a confusa aqui.

Ri dela e sorri. Luísa pegou em minhas mãos e mordeu seu lábio inferior.

- Queria que o Otávio entendesse que eu quero passar todos os segundos que eu tenho com você. Ele fica tão enciumado quanto você, Biebs.

- Duvido, eu sou muito ciumento.

Ela riu de mim e empurrou meu ombro. Sorri e ela deitou sobre meu peitoral outra vez.

- Eu não te entendo, sabia? Você deixa a sua namorada beijar os meninos nos filmes e eu não posso abraçar o meu amigo?

- Você é diferente. Ela é minha namorada por casos profissionais.

- Não é isso que parece. Vocês parecem tão apaixonados nas fotos, nos comentários de informantes.

- Eu era apaixonado até descobrir o que é amor de verdade, Lulu. Acho que não posso chamar o que eu tive com a Sel de amor.

- Vai chamar de que então? É claro que você tem amor por ela Biebs, querendo ou não, a Selena tem um espaço só pra ela no seu coração.

- E você tem também o seu espaço.

- Bom saber, mas eu preferia que ele ficasse no espaço “Belebiebers”, tá?

Ri de Luísa e lembrei quando errei o nome das minhas beliebers, foi estranho.

- Mas eu não quero que você fique nesse. Você não é só uma belieber, é quase que minha melhor amiga.

- Melhor amiga?

- É, melhor amiga.

- Posso saber por quê?

- Porque parece que eu te conheço há anos.

Lulu ficou em silêncio e respirou fundo. “Eu quero muito ficar ao lado dela durante esses dias. Consola-la quando precisar, improvisar e fazer ela rir nas horas tristes, e se possível, dar uns beijos apaixonados para me deixar mais viciado naqueles lábios vermelhos e convidativos da Lulu. Ah, vai ser difícil ficar longe dela, difícil demais”.

- Justin?

- É... pode falar.

- Estava pensando em mim?

- Por quê?

- Você me olhava sorrindo tão, tão apaixonado.

- Mas eu sou apaixonado, baby.

Ela riu de mim e levantou da cama em um pulo – Ei, você vai dormir aqui?

- Bem que eu queria mesmo, mas, isso eu tenho que ver com a patroa.

Luísa riu de mim e foi até seu guarda roupa. Pegou uma troca de roupas e deixou em cima do criado-mudo. Ela sorriu pra mim e pediu para que eu levantasse e fosse até ela com os dedos. Levantei e andei até lá, escorei meu cotovelo na cômoda e ela riu outra vez.

- O que eu fiz?

- Essas suas caretas são engraçadas. Então... vamos lá pedir para a sua mãe?

- Opa, é pra já.

Ela riu de mim de novo e descemos apostando corrida. Nem eu consegui acreditar que ela ganhou de mim por um pé. Procuramos minha mãe pela casa e notei que a quantidade de pessoas que estavam comemorando a vitória das garotas diminuiu bastante. Eles estavam sentados em forma de círculos, com cadeiras de fio e uma garrafa térmica no meio. Alfredo tomava algo, e sua cara não era muito boa.

Escutamos risadas depois de Alfredo ter tomado o que tinha naquele copo estranho, tinha mais formato de chifre de boi, sei lá. Fomos até eles e Luísa apoiou-se nos ombros de Rafaela.

- Está dando tereré* para eles, mãe?

- É claro, eles tem que experimentar pelo menos um pouco, não acha?

- Mas é amargo demais mãe!

- Eu e seu pai tomávamos todo dia quando ele estava em casa.

- Eu lembro.

Lulu riu e olhei para Kenny, que apreciava o que tomava.

- O que é isso? – perguntei curioso.

- É tereré, Justin. Uma bebida do centro-oeste do Brasil. Meu pai era de lá, sabe? E a minha mãe começou a tomar também. Eu não gosto muito de tereré, só com refrigerante.

- Posso provar?

- Tem certeza? – ela riu de mim e Pattie nos olhou sorrindo.

- Filho, é gostoso, pode provar.

- Hm, ok então.

Sarah encheu o estranho copo com água e me entregou. Tomei aquilo e, sei lá, é amargo e bem gelado. Ideal para esse clima quente do Brasil.

- Até que é bom.

- Como vocês conseguem tomar isso? É horrível! – disse Alfredo, e todos nós rimos dele.

Luísa e Rafaela começaram a conversar em português e fiquei meio perdido. Fui para o lado de minha mãe e agachei para ficar mais perto dela.

- Mãe, onde nós vamos dormir hoje?

- Ah, nem precisa enrolar filhote, você pode sim dormir aqui.

- nossa mãe, obrigado!

- Mas, o Kenny e o Alfredo vão dormir aqui também. Eu já conversei com a Sarah sobre o assunto e, enquanto você estiver aqui no Brasil, pode dormir na casa dela os dias que você quiser.

- Tá mãe, obrigado por deixar, tá?

Beijei a bochecha dela e ela sorriu para mim. Observei as pessoas da roda e vi que Otávio não estava incluído nela. Estavam a Rafaela, Sarah, Pedro, Thiago, Alfredo, Kenny, Scooter, minha mãe e o namorado da Rafaela. Nem sinal do Otávio. Sorri vitorioso e olhei de novo para Luísa, que conversava agora com sua mãe.

Sorri quando vi a expressão alegre em seu rosto e levantei, andando até ela. Abracei sua cintura e Luísa riu. Eu não conseguia entender nada de que elas conversavam, mas notei que Thiago me olhava atento. Tentei entender o que elas estavam conversando para disfarçar e Luísa me olhou sorrindo.

- Sua mãe deixou?

- Deixou sim. O Kenny e o Alfredo vão dormir aqui também.

- Sério? Que maneiro Biebs. O quarteto fantástico!

Ri dela e beijei sua bochecha.

Horas depois.

- Justin, eu vou pegar os travesseiros, quer me ajudar?

- Claro baby, já estou indo.

Tentei acompanhá-la, mas ela já tinha ido primeiro que eu, e fiquei meio perdido. Subi a escada e vi a silhueta dela tentando pegar uns travesseiros em um armário. Luísa estava na ponta dos pés e ri baixinho.

- Precisa de uma mãozinha?

- No caso, duas mãos cheias de esparadrapos nos dedos.

Ela riu e fui até o armário. Peguei dois travesseiros e ela pegou mais dois. Descemos as escadas e vimos os colchões arrumados e forrados. Olhamos-nos sem entender e rimos em seguida. Colocamos-nos em cima dos colchões e todos nós deitamos juntos. Luísa ligou a televisão e ficamos assistindo Warner Channel.

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Hey Girls *-*

E agora? A Luísa vai ficar com o Otávio ou com o Justin? No próximo capítulo! ;*

*Tereré, para quem não sabe, é o que os mato-grossenses tomam quando querem descontrair um pouquinho e conversar com os amigos. Eu tomo direto, haha.

Indicações:

http://dreamsnevereventually.blogspot.com/

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~~Giih sz~~