My Dear Teacher - Capítulo 06
segunda-feira, setembro 14, 2020♥ Olá, lindezas! ♥
Ju estacionou e descemos do carro.
— Minhas belas, bem-vindas a
Decimais!
Ivan fala como se fosse o próprio
anfitrião e dou um meio sorriso. Ju ergue os braços no alto e grita um “Uhul!”,
completamente feliz. Queria muito ter a animação dessa mulher.
— Vou esperar a Mô por aqui, podem
entrando. Logo eu encontro vocês.
— Ok, Ivanito! Espero que ela não
te coma vivo! – Ju fala e ri em seguida.
Dou um risinho e o deixamos
sozinho. Ela me segura pelo braço e entramos. O lugar era de fato enorme e já
tinham pessoas acabadas, por assim dizer. O hall
era a pista de dança, um globo no teto iluminava cores várias, o cheiro da
fumaça artificial se fazia presente e a música tocava alto e vibrava em meu
corpo. A galera dançava, se pegava, bebia, e tudo que se tem direito numa
festa, não é mesmo? Andamos até a parte de fora da casa e ali era a extensão da
diversão anterior, porém, com uma piscina lotada de gente.
Juliana gargalhou e tocou meu ombro,
me encarando. Ergui a sobrancelha para ela.
— Você devia ter visto sua cara,
foi hilária!
— Ai Ju!
— Não está acostumada a esses
lugares profanos, anjo?
Ela ri outra vez e nego com a
cabeça, numa face enfezada. Quando se recompõe, Juliana aponta para a mesa de
bebidas e já me puxa na direção dela.
— Não é isso, eu... Nunca tinha
ido numa pool party assim.
— É mesmo? Aqui é o local mais
famoso para essas festas de faculdade.
— Sim. E não imaginava que, bem...
as pessoas ficariam nuas.
Ela riu de meu constrangimento e
se serve com a bartender.
— Entendi, então você é mais da vibe de festas tipo a de ontem.
— Isso! Tipo ir num show, numa
boate. Acho que uma festa assim... – aponto para a piscina e faço uma careta. —
Não é muito minha cara.
— Tudo bem, já tomei nota. – ela
pisca e me entrega um copo com bebida. — Bora achar um cantinho pra nós lá
dentro então, deixa os peixinhos nus pra lá.
Ri da mulher e assenti. Entramos
novamente e ficamos na pista de dança. Me deixei levar pela música e pelo
álcool que, aos poucos, foi tomando seu espaço. Dançamos muito. Por horas a
fio. As eram músicas de muitos estilos dignos de festa. Não foi à toa o nome
Decimais, o funk reinou dentre os estilos musicais. Tentei deixar pra lá os
acontecimentos de ontem naquele momento. Vivi o instante. Admito que a
felicidade é efêmera, e quando ela está presente, cada segundo importa. Eu já
não tinha noção de quanto tempo realmente passamos ali, mas o sorriso não saia
de meu rosto.
Depois da troca de DJ, Ju parou de
dançar e se apoiou em mim, animadíssima. E, de repente, fez uma careta de
dúvida.
— Sam, cadê o Ivan e a Monique?
Ergui as sobrancelhas. Apesar de
eu estar com três pés atrás com ele, sua ausência me preocupou. Franzi o cenho,
pensativa.
— Não o vi desde que chegamos...
Bem, eu vou atrás dele.
— Tá. Vou abastecer nossos copos!
Ela deu um sorrisão e saiu quase
saltitante em direção ao bar. Dei um risinho e me direcionei até a entrada da
casa. Desviei de algumas pessoas até chegar no estacionamento. Não tinha sequer
sinal dos dois. Escorei na parede, peguei o celular e liguei para ele, já
procurando um cigarro na bolsa com os dedos. A ligação chamou até cair na caixa
postal e guardei o aparelho. Acendi o cigarro e ali eu fiquei observando a
área.
Haviam algumas pessoas em círculo,
curtindo fora da casa, outras se namoravam nos carros, além dos fumantes solo,
como eu. Assim que acabei o cigarro, entrei novamente e fui direto para o bar,
na esperança de encontrar Juliana e, quem sabe, o próprio Ivan. "Espero
que esteja tudo bem... Não sei se as coisas que ele disse hoje são totalmente
verdade, mas Monique não aparenta ser uma pessoa fácil de lidar."
Procurei Ju pela roupa, corri os
olhos pelos corpos presentes no bar e, para minha surpresa, vi algo que não esperava.
É, ele está aqui. E bem acompanhado. Talvez seja falta de hábito meu, ou um
pré-conceito, e por isso senti algo estranho dentro de mim. Visualizar a cena
de meu professor da faculdade beijando voraz uma moça bem mais nova que ele foi
um pouco difícil. “E deveria, não é?”. Sabia que não era só isso o que eu
sentia, mas não consigo definir em palavras. Ainda.
Tive que puxar o ar
conscientemente, já que não o fiz naquele momento, e senti uma mão no meu
ombro.
— Opa! Finalmente te achei, Sam! –
a voz do rapaz vem aos meus ouvidos e me viro pra ele, com um meio sorriso.
— Ivan! Cadê a Monique?
— Então... – ele pareceu reparar
no que tinha atrás de nós, a cena do beijo mítico, e depois voltou a me olhar.
— Ela não apareceu. Ou menos deu sinal de vida.
— Como assim? Ela não te falou
nada?
— É. Ela não me atende, não
responde minhas mensagens... liguei pra Suellen e ela não me atendeu também. –
ele deu de ombros. — Decidi tacar o foda-se e curtir com vocês.
— Achei vocês!! Ivanito sumido! –
ela pôs a mão no ombro dele. — Eu ouvi tudinho, ai deixa a Monique pra lá,
talvez ela esteja emburrada ou algo do tipo.
— Não duvido. Se ela não quer
falar comigo, o que eu posso fazer além de esperar? – ele me encara por um
instante e Ju entrega um copo para ele e o outro pra mim.
Engoli seco, pego meu copo e bebo
uma quantidade razoável daquilo que deveria ser catuaba. Respiro fundo e saio
na frente, até a pista de dança. Olho para trás e vejo Juliana apontando na
direção de Frederico e nego com a cabeça, entrando na casa. Não demora até eles
me alcançarem e a mulher chega me abraçando, meio risonha.
— Você viu?
— Vi o que?
— Garota... – ela gargalha e bebe
um pouco.
— Do que você tá falando?
— Do Frediota. – Ivan complementa
com um sorriso divertido. — Ele é tão indiscreto que nem disfarça os pegas nas
festas.
— Não! Ele deve beijar muito bem.
Sortuda essa aí...
— Na verdade, era a Bianca. Por
que não estou surpreso? Ele não consegue se segurar, parece um animal sedento.
Bebo um longo gole e miro nossos
pés, claramente incomodada por falarem do homem assim. De participar de uma
conversa desse baixo nível.
— A da nossa turma? – finalmente
me junto a eles, num semblante sério.
— Aham! – Ju responde com uma
ênfase desgostosa.
— E daí que ele está beijando uma
mulher numa festa? O Frederico não deixa de ser uma pessoa normal.
— Bem, ele só faz o que qualquer
um faria se fosse bonito e charmoso, ímã feminino. Ou masculino. – a mulher
concorda comigo e dançava sozinha.
— Ah Sam, não me diga que...
— O que, hein Ivan? – o interrompo
impaciente e cruzo os braços.
Ele se assusta com a minha reação.
Ivan dá um sorriso amargo, ri irônico e se apoia em Juliana, que até para de
dançar, focando em mim.
— Olha lá, a Samantha queria estar
no lugar da Bianca. – dava pra sentir o veneno inoculado em suas palavras. — Eu
esperava mais de você, sabia?
— É claro que não! Ele é nosso
professor. Isso é antiético, caramba.
Bebo o resto do conteúdo do copo
num gole e Juliana me olha preocupada. Afinal, os copos são de 500ml e, bem,
virá-los não seria o ideal. Mas, quem liga? Ivan ria sozinho e se aproximou de
mim, me olhando nos olhos.
— Você vai se arrepender, Sam. Não
se envolva com ele.
— E quem disse que eu vou?! –
respondo, séria. — Você deveria se preocupar com a sua vida amorosa, não a
minha. Não é a mim que meu namorado não atende o celular.
Os dois arregalaram os olhos com
minhas palavras e eu só lhe dei as costas, sem saco para uma conversa tão maldosa.
O caminho foi o mesmo, ao estacionamento. Encontrei uma mureta vazia e ali eu
sentei, tirei o maço da bolsa e assim que acendi o cigarro, pedi um Uber.
“Chega desse lugar... E pensar que eu me preocupei com um idiota desses.”
Traguei, ansiosa, meio trêmula. Mesmo que eu senti... repulsa à cena de
Frederico, eles não tinham o direito de destilar ódio. “Ou melhor... Juliana
não disse nada depreciativo, já Ivan...”
O carro chegaria daqui alguns minutos
e só aguardei, com o cigarro nos dedos. Era gostoso o quanto a fumaça me
envolvia, malditos sejam os vícios. Sinto uma presença do meu lado e a cor
amarela de sua roupa me fez dar um meio sorriso.
— Sam...
— Pedi um Uber. Vou embora.
— Que?! Cancela agora! A gente
nem...
— Ju, eu adorei o tempo que
passamos juntas aqui. Foi ótimo. Como havia dito, não estou para festas hoje.
Vim apenas para satisfazer seu desejo. – falo a olhando sincera.
— Mas...
— Agora, eu vou satisfazer o meu.
– pego na mão dela e a aperto. — Obrigada pela noite.
A mulher me olha em silêncio e
suspira. — Você não ficou brava comigo, né?
— Claro que não. – sorrio para ela.
— O alecrim dourado que não tem o direito de descontar em mim seus problemas.
Ela gargalha e se solta, olhando
para o céu. A lua estava bonita, cheia, e se fazia um anel de luz celeste em
volta dela. Ficamos uns segundos em silêncio. Solto a fumaça e apago o restante
do cigarro na mureta mesmo.
— Aconteceu alguma coisa, não?
Franzo o cenho, sem entender do
que se trata. — Do que tá falando?
— Entre você e o professor.
Paro, engulo seco e encaro o céu
com ela. — Bem... Sim e não.
— Como assim? VOCÊS FICARAM?
Eu a olho e faço uma careta
enfezada. — Garota, eu não acabei de dizer que acho isso antiético?!
Juliana ri sem graça e bebe um
pouco, gesticulando para que eu continuasse.
— Eu te contei o que aconteceu com
o meu irmão, certo? – suspirei. — Mas... eu não contei tudo.
— Garota misteriosa demais. – ela
faz uma careta brava e rio dela.
— Eu... Só não sabia como contar.
Bem... Eu só cheguei em casa com a ajuda dele, do professor Laurent.
A cara dela foi de dúvida a uma
face completamente surpresa. — OI?! ELE FOI NA SUA CASA PRIMEIRO QUE EU?!
Gargalhei e, antes que eu pudesse
continuar, o carro chegou. Levantei da mureta e a olhei com um meio sorriso.
— Eu te mando mensagem falando
como foi. E, por favor, não conte ao Ivan. Ele não precisa saber disso.
Ju assente e me abraça, fazendo um
carinho no meu cabelo. — Já tô curiosa. Descansa, linda. Até amanhã.
— Até.
Entro no carro e respiro fundo, como se um alívio enorme me acometesse. Digo meu destino para o motorista e vou para casa, sentindo meu corpo mais leve – pelo álcool e por me livrar dessa situação inconveniente.
6h45 da manhã de segunda-feira. Já
estava na sala de aula, ainda estava meio vazia e, justamente por isso,
aproveitei meus últimos minutos de quietude antes da aula. Tinha o fone de
ouvido funcionando, tocando meu lo-fi preferido, e anotava as tarefas do dia no
meu caderno. “Comprar ração. Ir ao mercado. Terminar matéria.”. Parei a caneta
e ergui os olhos, vendo uma Juliana se sentar ao meu lado. Ela estava com um
macacão rosa-claro, sandálias marrons e óculos escuros. Sua face, apesar de
parcialmente coberta, não demonstrava o astral matinal da mulher.
— Bom dia, Ju. – sorri de canto.
— Mau dia. – ela resmunga e eu rio
de suas palavras.
— O que foi?
— Catuaba sempre me dá ressaca,
não sei porque ainda bebo esse troço.
Nego com a cabeça e fecho o
caderno, guardando o fone e pausando a música.
— É só não beber demais, amiga.
Ela resmunga de novo e pega seus
materiais.
— Eu nem bebi muito ontem... acho
que as ressacas se somaram.
— Faz sentido. – ri em resposta.
A sala foi enchendo rapidamente e,
dentre os alunos, vejo Ivan numa face mal-humorada, um pouco desarrumado.
Depois, Monique passa, conversando com uma moça, esboçando a feição de desdém
habitual, e os dois se afastam. O rapaz senta ao lado de Juliana e, Monique,
bem à frente de nós. Ele tinha olheiras fundas, uma face cansada e parecia se
esforçar para estar ali. Ergo a sobrancelha. “Eles brigaram?”.
— Bom dia. – ouço ele falar.
— Bom...
— Mau dia. – Ju me interrompe e
rio dela.
— Então tá, mau dia, Juliana.
Ivan dá um sorrisinho e alisa o
ombro da mulher. — Sinto cheiro de ressaca, Juju.
“Juju?”. — Eu estou sim. Só quero
ir dormir.
— É... eu também. – disse Ivan,
com um sorriso sem dentes.
O falatório que, antes, rolava
entre os alunos, cessa quase que de forma instantânea e olho na direção do
palco. O professor Frederico deposita suas coisas sobre a mesa e até o ar
pareceu estar diferente. Suas vestes, como sempre, bem alinhadas e combinando
entre si, composto numa camisa verde-escura de botões, jeans claro e sapatênis
preto, além dos cabelos presos num coque. Era engraçado ver as meninas das
primeiras filas quase o devorando com os olhos ou babando mesmo.
“Será que ele realmente gosta
disso? De... ser devorado?”. Recordo da cena de ontem e uno minhas mãos, me
embrenhando num sentimento confuso. “A instituição nunca fez nada em relação a
isso? Se tivesse... ele não estaria aqui.”. O beijo vinha em looping, assim como a cena dele
dirigindo o carro de Diego. De nossas mãos se apertando e... Engulo seco. Abro
meu caderno de sua matéria, aguardando o horário, ainda que ligeiramente
angustiada.
— Bom dia pessoal. Espero que
estejam bem e, por favor, tentem não dormir em pé.
Alguns alunos riem depois de suas
palavras e ele mesmo dá um meio sorriso.
— Todos nós sabemos que ontem teve
calourada, sábado também, não é mesmo Ivan?
O homem encara o rapaz de cabelos
desalinhados e Ivan só concorda, numa face desgostosa. Mais risadas surgem. Ju
olha para ele e afaga seu ombro, como se o confortasse. Apenas encaro meu
caderno e suspiro, tendo um estalo. “Ele nos viu ontem? Ele... me viu espiando?”.
Engulo seco.
— Hoje, o conteúdo é importante,
por favor, se esforcem para estarem presentes. Comecemos às 7h.
Ele inicia a aula, pontual, com o
retroprojetor dando foco a uma pergunta. “O que é poesia para você?”. Acabei
deixando o sentimento indefinido para lá e foquei no que vim fazer aqui:
estudar. O docente vai questionando os alunos sobre a representação do poético,
em que exatamente o signo poesia desperta nas mentes de todos nós. A aula foi correndo,
e as palavras dele foram esclarecendo muitos pré-conceitos literários meus. Ao
final da explicação, ele pediu para que realizássemos uma atividade em sala
sobre o assunto.
— Samantha?
Me assusto, vendo que ele se
direcionou a mim. Muitos olhares me procuravam e senti o de Ivan mais veemente,
me encarando.
— Sim?
— Você poderia recolher as
atividades e deixá-las na minha sala, por gentileza? Precisarei me retirar. –
concordo com a cabeça e ele olha seu relógio. – Vocês têm o restante da aula
para isso. Podem sentar em grupos, porém, lembrem-se que é um trabalho
individual.
Ele se retira e Bianca vai atrás
dele, me olhando desacreditada, como se eu tivesse feito algo errado. Franzo o
cenho e Juliana tira os óculos, me olha e dá um sorrisinho. Neguei com a cabeça
e fomos fazer a atividade. Após acabarmos e aguardarmos o restante da turma me
entregar as deles, eu e Ju fomos até a sala do professor Laurent. Ivan se
recusou a ir, e, inclusive, ficou um tanto quieto depois das palavras do homem.
Não questionei e nem quero.
Eu nunca fui para a ala docente do
nosso curso, então a morena me guiou até lá. Estávamos passando por perto do
corredor que ela indicou, quando ela me abraça de lado, dando um sorrisinho.
— Agora que nos livramos do Ivan,
me conta. A cara da Bianca foi impagável!
Juliana gargalhou. Eu dei de ombros,
além do meio sorriso.
— Bem... Não sei o que ela pensa
sobre isso. Será que ela acha que eu vou roubar o lugar dela ou algo do tipo?
— Provável.
— Chega até a ser imaturo, não? –
suspiro.
— Nem me fale!
Paramos em frente à sala que tinha
o nome do professor num quadrinho pendurado na porta. Parecia bem pequena.
— Entra comigo... – sussurro.
— Não! Ele te pediu, você vai
sozinha! – ela sussurra de volta.
A olho incrédula e antes que fizesse algo,
Juliana bate ali.
— Pode entrar.
Ju me manda ir com as mãos e rolo
os olhos, abrindo a porta. Vejo o sorrisinho divertido dela e cerro os olhos,
entrando em seguida e fechando-a atrás de mim.
— Com licença... Aqui estão,
professor.
Ele estava sentando de frente para
um computador com alguns livros abertos ao lado. Havia uma estante enorme ali,
lotada, e uma cadeira vazia perto da dele, com uma mochila amarela pendurada. Estranhei,
mas nada disse. Frederico sorriu para mim e pega os papéis, se virando na
cadeira para falar comigo.
— Obrigado. E... Você está melhor?
E seu irmão?
Suas palavras me fazem estremecer
por dentro e dou um meio sorriso em resposta.
— Sim. Obrigada por se preocupar,
professor. Pode ficar tranquilo... Aquilo não acontecerá novamente. – digo um
tanto séria e coloco os braços atrás das costas.
O homem assente com a cabeça e
deixa os papéis em cima da mesa. Me encarou por poucos antes de falar, e isso
pareceu uma eternidade. “Por que raios o meu coração está acelerado?”. Ele se
volta para a mesa, tira um papelzinho e anota algo ali.
— Se precisar de ajuda, pode
contar comigo, Samantha. – Frederico sorri e me entrega o papel. — E você sabe
que não precisa me chamar de professor fora da sala. – ele pisca, se virando de
volta ao computador.
Olho o papel de relance e vejo
números. Números?! "Ele me deu seu telefone?".
— A-agradeço. – pego meio sem
jeito e abro a porta. — Tenha um bom dia, profes... Frederico. – rio nervosa e
ele sorri de volta.
— Você também.
Saio e respiro fundo, vendo uma
Juliana com cara de quem aprontou uma. Ela aperta minha bochecha e me puxa para
longe da sala dele, voltando pelo mesmo lugar que passamos.
— Você tá vermelha!
— Não me diga... – suspiro. — Ele
perguntou se eu estava bem, perguntou de Diego. E... – mostro o papel para ela.
— Sério? – Ju pega o papel. — SAM!
– ela dá um grito e eu me assusto. — O professor se preocupa com você! E ele te
deu... Meu Deus...
— Juliana! Não pira!
Eu falava isso, mas meu coração
estava acelerado. Meu rosto queimava e claramente ainda estava avermelhado. Isso
realmente aconteceu? “Ele... ele estava me cantando ou se preocupa comigo?
Ou... Argh!”.
— Você precisa me contar TUDO!
Vem! Vem! – ela me puxa pelo braço.
— Ei! – eu e Juliana nos
entreolhamos.
Me viro de costas e vejo uma garota de cabelos coloridos, roxo e cor-de-rosa, se aproximando de nós.
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3 comentários
Socorroo, já shippo mto a Sam com o Frederico KKK ansiosa pro próximo capítulo, tá mto boom ❤️
ResponderExcluirAAAA >.< será que eles vão ficar juntos? Obrigada Manuu!
ExcluirSó observando esse romance brotando ai u.u só obserando u.u
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