My Dear Teacher - Capítulo 02
segunda-feira, agosto 17, 2020
♥ Olá, meus amores! Feliz segunda-feira a todos! ♥
Segue mais um capítulo de My Dear Teacher. Espero que vocês gostem! Postarei sempre na segunda, a não ser que hajam imprevistos. E se leu até o fim, comente e compartilhe! Faz o coração da autora ficar mais quentinho. Obrigada desde já.
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02 ~ Emoções à flor da pele
Acordei num salto, assustada. O quarto
estava escuro, mas os raios tímidos do sol se faziam presentes pelas frestas da
cortina. Olhei o relógio e me acalmei, estava no horário. Levantei e como no
ritual diário, fui ao banheiro e, assim que voltei, de cabelos lavados,
enrolada na toalha e revigorada pela água quentinha do banho, arregalei os
olhos ao ver meu irmão acordado em plenas 5h30 da manhã.
— Caiu da cama, Diego? – ergo a
sobrancelha, desconfiada.
Ele é a definição de ser humano
noturno. Ou, como o chamo carinhosamente, morceguinho. Diego tem vinte anos, é
cinco anos mais novo que eu. Moramos juntos há três anos. É a cópia do meu pai,
tirando o rosto um pouco mais quadrado e comprido. Bem mais alto que eu, tão
branco como leite, de olhos castanho-escuros e sobrancelhas mais cheias. Nariz
grande, porém afilado, um bigode ralo e barba falhada, por fazer. Lábios
pequenos e levemente carnudos. Seus cabelos são da cor que o meu deveria ser,
se não estivesse tingido. Um castanho-claro bonito – e que na luz é mais ainda
– bem cortado, só que bagunçado, afinal, a cara de sono da criatura é gritante.
— Na verdade, eu acordei cedo pra te
levar na faculdade.
— Que?! – cruzei os braços. – O que
você tá aprontando, hein?
— Nossa Tata, eu não posso ser
prestativo? – foi a vez dele cruzar os braços.
— Tá, ok, eu só vou tomar café da manhã
primeiro. E pelo menos coloque uma camisa.
É, ele estava só de cueca. Entrei no
meu quarto e me vesti. Escolhi uma blusa ciganinha verde-escuro e uma calça
jeans clara e calcei sapatilhas amarronzadas. Dei um jeito no meu cabelo, usei
difusor e o sequei e tratei de forma rápida, afinal, de carro poderia demorar
muito mais tempo. Arrumei minha bolsa e fui direto para a cozinha. Tinham
torradas dispostas em dois pratos, uma delas com mel e algumas frutas ao lado.
Ergui a sobrancelha e olhei na direção do quarto de Diego. “Ele quer alguma
coisa...”
Comi sem demora, tomei uma xícara
generosa de café e fiquei esperando ele terminar de se arrumar. Meu irmão saiu
já vestido e com a chave do carro nas mãos, pegou a torrada com a outra e nem
sentou para comer.
— Vamos logo, não pode se atrasar.
— Tá bom...
Entrei no carro, deixei minha bolsa no
banco de trás, coloquei o cinto de segurança e saímos. De carro, talvez
demorasse tempo o suficiente pra eu chegar lá bem na hora.
— E aí, como tá sendo? – ele puxa
assunto e dá uma mordida na torrada.
— Ah... nada que eu já não esperasse.
Terão mais burocracias essa semana, vi mais a coordenadora que os professores.
– sorrio sem mostrar os dentes.
Ele não disse nada até dar umas três
mordidas.
— E lá é legal? Conheceu alguém
interessante? – o sorrisinho maroto me fez mostrar o dedo do meio para ele.
— Você só pensa nisso?! – bufo e cruzo
os braços. — É legal, fiz amizades, mas nada de cunho sexual, se é isso que te
interessa.
— Ahhhh, para de perder tempo, Tata!
Duvido que alguém já não esteja de olho em você.
Assim que ele termina de falar, meu
telefone começa a tocar e me viro para pegá-lo na bolsa. Quando me viro, sinto
que tive um déjà vu e franzo o cenho, engulo seco e respiro fundo, a fim de
tentar esquecer a imagem mental que surgiu. Minha mãe... sentada no banco de
trás, rindo, feliz. Atendi a ligação depressa, meio embasbacada.
— Alô? – tento me acalmar, meu coração
acelerou sem aviso prévio.
— Sam! Tudo bem? – era Ivan.
— Oi, bom dia Ivan. Tudo bem sim,
aconteceu alguma coisa?
“Que estranho... ele nunca me ligou,
sequer mandou mensagem”.
— Bom dia! Não! É que eu preciso te
passar os ingressos das festas, tem como a gente se encontrar no RU?
— Tem como sim. Até mais tarde.
— Até! Tchau! – desliguei o telefone e
o deixei no colo mesmo.
— Quem é Ivan, hein? – o sorrisinho
dele me fez ficar enfezada.
— Ai Di!!! É só um veterano! E ele tem
namorada, tá bom? Desencana!
— Ah, claro... – ele vira a esquina e
dá a mordida final — Mas hein, vai ter calourada? Por que nem me avisou? Vai
ser quando?
Ele conseguiu ouvir a conversa? — Di...
– toquei seu braço e o olhei séria. — Você sabe o motivo. Eu não preciso te
falar. Você tem que se cuidar, poxa.
— Samantha, menos! Eu tô limpo há duas
semanas! – ele me olhou bravo e parou no semáforo. — Eu não vou usar nada, nem
beber. Não posso, porra. Tô tomando remédio!
Ele soa como se estivesse me dando
sermão por me preocupar. “Qual é o problema dele?!”. Tiro minha mão de seu
braço e o encaro nos olhos.
— Eu só me preocupo com você, Di. –
falo num tom mais esgotado. — Bem... eu posso perguntar pro Ivan quem vende e
te aviso, pode ser?
Diego concorda com a cabeça e ficamos o
restante do caminho num silêncio constrangedor. Fiquei olhando o caminho pela
janela do carro e senti uma pontada de dor no peito, leve, porém incômoda. Meu
irmão é viciado em cocaína, além de beber muito. Tem depressão há alguns anos...
E é isso que piora tudo. Faz um mês que ele decidiu por conta própria ir a um
psiquiatra e o médico receitou alguns remédios. Por motivos óbvios, ele começou
a fazer tratamento para ficar limpo e se cuidar, mas... Mesmo que eu confie
nessa decisão de mudança, ele ir numa festa logo agora é caminho para uma
recaída fortíssima.
Não demorou muito mais até ele
estacionar o carro na frente da FacSP. Admito que agradeci termos chegado logo,
queria que essa agonia acabasse. Peguei minha bolsa e abracei Diego, saindo do
carro.
— Bom trabalho mais tarde. – digo, num
semblante de falsa tranquilidade. – Obrigada por me trazer.
— De nada, Tata. Falou!
Dei as costas para ele e entrei na
universidade. Ouço o carro sair e suspiro aliviada, colocando a mão no peito.
Minha feição estava aflita, cansada, como se eu não tivesse dormido bem. Estou
cansada de passar por essas coisas... De me sentir mal pelos outros. Sento em
um banco qualquer e ali, tiro um maço e um isqueiro. Pego um dali e o acendo, tragando devagar. Num mísero instante, sinto o prazer me afagar. Fecho os olhos, focando na sensação da fumaça circular e a liberto pela boca. Assim que os abro, fico encarando fixamente para o chão, na tentativa de
acalmar minhas emoções, engoli-las com o gosto amargo do cigarro, e esquecê-las.
Depois das aulas, como combinado, fui
até o restaurante universitário, o famoso RU, para encontrar Ivan. Acabei
chegando mais cedo, a professora nos liberou dez minutos antes. Então, para não
perder tempo, paguei meu almoço e me servi, já procurando uma mesa mais
afastada e que coubesse três pessoas. Encontrei a mesa perfeita e almocei sem
problemas, com o fone de ouvido e a agenda do lado.
Hoje é quinta-feira, as festas seriam
só sábado e domingo. Anotei a data de hoje, revi minhas tarefas diárias e as
escrevi rapidamente. Titubeei o lápis no papel, me vindo na mente o que
aconteceu mais cedo com Diego. “Foi superproteção demais eu me preocupar com
ele...?”. Acabei rascunhando ali meus sentimentos em relação a isso, tentando
destilar a culpa que me assola diariamente por ele ser assim. Meus olhos
marejaram e assim que deito o lápis na folha, um barulho de bandeja bate na
mesa e me assusta. Olho perdida, encontrando Ivan em seguida.
— E aí Sam! Demorei pra te achar, hein?
Sequei os olhos e ri em seguida,
disfarçando. — Foi mal, tava um pouco cheio quando cheguei.
— Ei... tá tudo bem? – ele me olhou
preocupado e concordei com a cabeça.
— A minha rinite tá meio atacada hoje.
Esqueci de tomar antialérgico. – fechei minha agenda e deixei-a de lado,
fungando o nariz de propósito. — Cadê a Monique? Até escolhi uma mesa pra três.
— A Mô não pode ficar hoje, tem uns
compromissos com a família e tals... Mas hein, se precisar conversar, pode
contar comigo. – ele dá uma piscadinha.
Sorrio sem humor. — Certo.
Volto a comer e ele começa. Espero,
sinceramente, que ele tenha comprado a desculpa da alergia. Não estava a fim de
compartilhar meus sentimentos familiares com um conhecido. Ficamos em silêncio
por um tempo até ele fazer uma cara de espanto.
— Ah! Caralho, quase que eu esqueço os
ingressos.
Ri de sua reação e termino minha
refeição, deixando a bandeja de lado e guardo minha agenda. Em seguida, ele me
dá um ingresso e o pego. Olho o material e a arte, o pessoal é profissional
pelo visto. De cada lado era pra uma festa diferente, havia um espaço que
carimbava a sua presença e tudo mais. Faço uma cara impressionada e ouço ele
rir. Depois, tiro a carteira da bolsa e o rapaz me para com a mão.
— Pera aí! Não precisa pagar, Sam. É um
presente de veterano pra uma linda caloura. – ele fala meio galante e ri.
Senti um reboliço quando ele fala isso
e rio sem graça, sem saber como reagir. “Ele me cantou mesmo? Deve ser coisa da
minha cabeça”. Foi em tom de zoeira, mas o olhar dele não mentiu.
— Tá bom... – engulo seco e guardo a
carteira — Ivan... Por acaso você teria mais um? Não de graça, claro. –
gesticulo. — Ou sabe quem vende?
— Eu tenho sim Sam, ganhei uns
descontos do Geleia e ele me deu 5 pelo preço de 3. Pode pegar. É pro
namoradinho? – ele estende mais um ingresso e sorri de canto.
Nego com a cabeça.
— Geleia? Que apelido engraçado. – rio para
tentar descontrair, mas ele só estava me deixando desconfortável.
— É mesmo. – ele ri também. — Ele é da
Mecânica.
— E, não. Seria pro meu irmão. Bem... –
fico receosa se pego o ingresso ou não, esperava que ele fosse me passar o
contato da pessoa. — Quanto é?
— Imagina, não precisa pagar. Foi na
faixa.
Pego o ingresso hesitante e guardo os
dois, pensando se realmente o daria para Diego.
— Seu irmão estuda aqui também?
— Ah, não, ele não faz faculdade ainda.
Trabalha, só.
— Saquei. Hein, você não tem namorado?
Jurava que tinha.
— Nãao, eu não quero namorar agora. Não
tenho esse interesse, quem sabe quando me formar, sei lá. – dou de ombros. “De
novo esse assunto?!”
— Desculpe ficar perguntando, é que eu
não esperava mesmo que uma pessoa bacana como você estivesse sozinha. Mas, tudo
bem.
— De boa. Sem problemas.
Encaro o rapaz por alguns segundos e
sorrio sem mostrar os dentes. Espero ele terminar de comer, refletindo em
muitas coisas, uma delas é a atitude de Ivan. “Ele realmente está dando em cima
de mim. Não é possível. Ele namora! E ainda chama o professor Laurent de
cafajeste... O sujo falando do mal lavado”. Olho no relógio do celular e
suspiro, já pegando a bolsa e a colocando no ombro.
— Obrigada pelos ingressos e pelo
almoço, mas eu preciso ir. Tenho que ir trabalhar.
— Tá bom, Sam. Valeu, sua companhia é
gostosa. – ele sorri e me levanto. — Até amanhã!
— Até.
Saio do restaurante, preocupada. E eu
pensando que a Monique era surtada à toa... Ele dá motivos, mesmo que o ciúme
doentio não se justifique. Como eles conseguem namorar assim? Respiro fundo.
“Caramba... Em que enrosco eu me meti?”. Paro no meio do caminho e encaro a
biblioteca com interesse. Virei a esquina e entrei lá, agradecendo mentalmente
por ter trazido meu notebook comigo. O lugar é bem bonito, talvez o mais belo
de todos da universidade. Tem muitos detalhes em mármore branco, além das
paredes brancas padronizadas pela universidade, e móveis de madeira escura,
inclusive as estantes.
Fui até a hemeroteca, lá eu tinha certeza
que haveria uma tomada, caso o computador descarregasse. Ali tinham seções com
as monografias, dissertações e teses, e ao fundo era ligado com outras partes
da biblioteca. Estava até que vazia, cada um em seu canto e as estantes sem
ninguém circulando. Sentei num lugar um pouco mais afastado e ali eu me alojei,
dispondo caderno, estojo, agenda e notebook em cima da mesa e estralei os
dedos, já abrindo o editor de texto. Tinha matérias de entretenimento para
escrever hoje.
Comecei a digitar a estrutura do texto
previamente, o que eu queria em cada parágrafo. Fiquei nisso por alguns
minutos, até sentir alguém passar do meu lado, andando em direção às
estantes. Fiquei paralisada por reconhecer o homem, mesmo de costas. “Professor
Laurent”. Bem vestido, de camiseta verde-claro e calça jeans mais escura, com
coturnos pretos nos pés, além dos os cabelos soltos dessa vez. Ele procurava
algo na parte de dissertações e eu não conseguia desviar o olhar dele. Até hoje
não consegui recordar de onde ele me é familiar...
— Olha só quem eu achei!
A voz feminina me fez despertar de meu
transe. O professor virou para trás e olhou na direção da voz, desviando seus
olhos até mim. Disfarcei com uma facilidade singular e acenei para Juliana,
dando um sorriso leve para ela. Por dentro, eu borbulhava de vergonha, não vou
mentir. Sentia o olhar dele cravado em mim, mas logo voltou à procura do que
veio buscar.
— Oi linda! Tudo bem? – respondi Ju.
Hoje ela está com uma blusa de cetim
branca e um short azul-marinho, de sapatilhas combinando. Cabelo amarrado num
rabo de cavalo alto, maquiagem mais leve que o habitual, mas o delineado e o
batom vermelhão faziam jus a ela.
— Ai, tudo bem sim. Posso te
acompanhar? – eu sinceramente preferiria o silêncio, mas não iria recusar.
— Claro, pode sim. O que faz aqui?
Achei que trabalhasse durante a tarde.
— Dia de folga! – seu semblante era
alegre e murchou em seguida. — Mas universitário nunca tem folga.
Gargalhei e concordei com ela. — De
fato. Então, na verdade, eu vim trabalhar. Não quis ir pra casa, sabe? Iria
ficar de preguiça.
— Entendo perfeitamente. Por isso tô
aqui. Se eu fosse pra casa, teria dormido há horas.
Rimos juntas e ela se senta, deixa seus
materiais na mesa e suspira, parecendo exausta. Encaro na direção do professor
e ele ainda estava ali. Entretanto, dessa vez ele me olhou por cima do ombro e
eu estremeci, já voltando a olhar Ju.
— E aí, animada pra festa? Eu tô! – ela
abre um dos livros e vejo que o título parece ter algo a ver com língua
clássica.
— Sei lá, nunca fui de dar tanto ibope
pra festa, mas quero me divertir. – sorrio, sincera.
— É esse o espírito!
Voltei a atenção ao meu computador,
mas, por dentro, eu fervia de ansiedade. "Por que raios estou me sentindo
assim?!". Suspirei e ergui o olhar para Juliana.
— Deixa eu te perguntar... – falo, já
até esquecendo de trabalhar, mas uma presença nos interrompe.
— Boa tarde, Juliana e… Samantha,
certo?
A voz dele conseguia ser aveludada,
ainda que grave. Eu queria me enfiar em qualquer buraco agora!! Ele tinha um
documento em mãos e me olhava com um meio sorriso. Sinceramente, esqueci como
se respira. Ele percebeu, não foi? Eu fui completamente indiscreta!
Concordo com a cabeça. — Boa tarde. –
falo simpática, sentindo minha face queimar.
— Ah! Boa tarde, professor. Não tinha
te visto. Tudo bem? – Juliana o cumprimenta.
— Tudo ótimo. Então, Juliana, queria
saber se a Carolina, do primeiro semestre, repassou os recados para a aula de
amanhã.
— Repassou! Que amanhã assistiremos um
documentário.
— Exatamente. Agradeço por confirmar.
Bons estudos a vocês.
Encaro o homem por míseros segundos e
ele o sustenta. Senti uma pontada de sensualidade vinda dele... Seu olhar era
convicto, sério, mas não me deixou intimidada. Era como se ele me instigasse.
Em seguida, ele virou de costas e nos deixa sozinhas. Solto o ar assim que ele
fica distante o suficiente e Ju me olha segurando o riso.
— Garota... vou ter que passar um gelo
nessa sua cara vermelha, pra ver se alivia o calor. Apaga o fogo, Sam!
— Que?! Você tá ficando doida? – falo
meio desesperada e ela cai na risada.
— Vai ter que secar as lágrimas, não
disse de onde. Para de fingir, você gosta dele. E quem não gosta? – ela se
ajeita na cadeira e ergue a sobrancelha, me olhando. — Se sinta sortuda, ele
nunca lembra o nome das calouras.
— Para Ju. Eu não sinto nada por ele,
ele é meu professor. – respiro fundo e cruzo as pernas. — É que eu... não
esperava encontrá-lo agora. Só isso.
— Mentirosa! Eu já tinha visto ele e vi
você babando na bunda dele.
Arregalo os olhos com suas palavras. “Eu
nem olhei isso! Gente, que abusada!”. Ela ri e eu também, mas envergonhada. Logo
me acalmo e respiro fundo. Sentia meu coração acelerado, credo.
— Agora, falando sério, eu... sinto que
conheço ele de algum lugar. Só que eu não consigo me lembrar.
— Bem, ele é um professor meio antigo
daqui. Pelo menos é o que dizem. Mesmo sendo mais novo, tem uns 10 anos que ele
dá aula no departamento.
— Nossa! Mas ele é tão novo.
— E já tem doutorado. Não tenho coragem
pra essa vida. Enfim, não sei de onde você pode conhecê-lo, Sam. Tomara que
descubra!
— Assim espero. Então, eu ia te falar
uma coisa quando ele chegou. – sorrio sem graça. Precisava realmente desabafar.
— O Ivan...
— Ai meu Deus, não me diga que tá
gostando dele também. Você se apaixona fácil, hein?
— Não, Ju! – suspiro, esgotada de
tentar me explicar. — Queria te perguntar se ele tem alguma má fama ou algo do
tipo.
— Má fama? Só de ter reprovado um monte
de disciplinas. Ele é meme da disciplina do Fred, como você já percebeu. Por
que a pergunta?
Rio quando ela o chama de meme e nego
com a cabeça. — É que... – junto as mãos, um tanto nervosa. — Ele tem dado em
cima de mim o dia todo, e eu achei isso estranho. E, claro, sem a Monique
presente.
— Iish... – ela faz uma careta e pega
na minha mão. — Eu desconheço se ele é um cachorro safado, mas cuidado Sam. Se
a Monique descobrir, ela pode fazer sua vida um inferno.
— Não pensei diferente, acredite. –
respiro fundo e coloco uma mecha de cabelo atrás da orelha. — Era só o que me
faltava... Tudo o que eu menos queria quando entrasse na universidade era me
preocupar com homem.
Ela gargalhou e eu também. Acabamos
passando a tarde toda juntas, colocamos o papo em dia e focamos nos estudos
depois disso. Foi mais proveitoso do que eu pensei. Ju conseguiu me distrair,
esqueci dos meus problemas por algumas horas. Assim que terminei minhas
matérias, fui para casa, e já era noite. Foi um dia de muitas emoções, por
assim dizer. E ainda tenho que decidir o que vou fazer com esse ingresso sobrando...
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Chegamos ao fim de mais um capítulo. Comentem e compartilhem!
Um abraço!
Gih Amorim ♥
10 comentários
Uhuuuuuuuu linda diva arrasa na escrita <3
ResponderExcluirAhhh, obrigada! ♥
ExcluirAdoreeei! Tu é incrível!
ResponderExcluirObrigada Let! Incrível é você. ♥
ExcluirJá não gosto do Ivan, sabia que ele ia ter um interesse por trás -.- sem caráter nenhum!
ResponderExcluirAmandoo a história, curiosa pra saber como vai se desenrolar ❤️
Hahah, adoroooo. Vamos ver se ele é realmente assim. Obrigada Manu! ♥
ExcluirMinha gente, to com dó do Diego! Socorro! Tive empatia demais com ele! E Gih! Orgulhosissima de você ter voltado, adorei ler mais um pedacinho da sua obra e vc merece o mundo!! Sensacional! <3
ResponderExcluirObrigada, lindaaa <3 Diego é um amor.
ExcluirLinda, diva, musa <3
ResponderExcluir>.< Lindo é você! <3
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